segunda-feira, 9 de julho de 2012

ANGÚSTIA


Coisa estranha que me invade
Que me rasga, e assopra
Que me fere e cura
Já o senti antes
Não é amor, não é paixão
Não é raiva, tão pouco ódio
Por que? 
Não consigo
Não entendo
Por que você?
Que dá os nós apertados
Na minha garganta, tão bruscos
Contraindo minhas vias respiratórias
Inchando meus olhos
Fazendo escorrer lágrimas
Sem sentido e sem sentimento
Por que você?
Me faz provar dessa dor delirante
Deste gozo agonizante
Dessa dúvida que espreita
À tristeza e à alegria
Por que agora vem me atormentar?
Vai-te como qualquer outro
Chega pra fazer seu trabalho e some 
Vai-te, como aqueles 
Que te acariciam e depois 
Te cospem ácido
VAI-TE!
POIS NÃO PERTENCES 
À MINHA ESSÊNCIA, 
VAI-TE, ANGÚSTIA! 






terça-feira, 3 de abril de 2012

Devaneios em uma madrugada...

    Eu sinto prazer por aquele que consegue me envolver.
    Já não acham que sou novo o suficiente, pois então.
    Detesto quando dizem “Não é assim que se faz”, “Não gosto disso”, “Isso machuca”! Não há nada mais broxante do que essas frases negativas.
    Eu deliro quando ouço “Deixa eu te mostrar como é”, “Deixa eu sentir você”! E morro de tesão quando eles tentam ensinar mas perdem a paciência e acabam mostrando-se brutos.
    Não digo que gosto desse jogo por falta de experiência, aliás, o que é experiência? Quem tem experiência?
    Dispenso aqueles que se dizem experientes. O que? Vai fazer comigo o mesmo que fez aos anteriores?
    Não.
    Eu gosto da surpresa, do inesperado! Gosto quando querem me controlar, ou pelo menos tentam fazê-lo.
    Gosto do carinhoso, do delicado e romântico, mas que fica a espreita, esperando uma pequena chance de mostrar sua virilidade, sedento de poder sobre o outro. É assim que atinjo meu êxtase!
   Me fascinam os que possuem a gentileza bruta. Esses sim conseguem sentir ciúmes refinadamente.
   Mas, demos graças por ninguém ser perfeito à nossa moda!